Era uma vez um príncipe que se sentia errado e uma princesa que queria ser errante. Mas a mãe da princesa desejava que ela fosse a maior princesa de todos os tempos e o príncipe foi predestinado, pelo seu pai, a ser o próprio “encantado”: forte, corajoso, lutador de esgrima e salvador de princesas. A rainha mãe da princesa tranca a menina numa torre. O príncipe, mais dado a costurar e dançar, é repreendido pelo rei e, assustado, decide se esconder num armário. A princesa, foge da torre e chega a um reino onde o rei tem um segredo, o menino trancado. Ambos desencaixados das expectativas sociais serão unidos pelo destino numa jornada que questiona as histórias que contamos e os paradigmas de felicidade: por que cada um não pode ser o que quer ser? A princesa errante e o príncipe errado é um musical infantil que trata de assuntos como identidade de gênero, aceitação da diversidade e de si mesmo. Para isso, transita pelo mundo conhecido dos contos de fada, apropriando-se livremente dos signos já conhecidos e ressaltando a rigidez de certos conflitos. Embora o trabalho seja direcionado ao público infantil, não se restringe a este público, contemplando todas as idades.

SINOPSE:

A Princesa Errante e o Príncipe Errado é uma peça musical infantil voltada para questões de gênero. É uma peça sobre coisas de menino e coisas de menina. Carrinhos de menino. Bonecas de menina. Menino joga bola. Menina brinca de casinha. E se não for assim? É durante a infância que começamos a formar nossa visão de mundo. A visão apresentada nas histórias infantis e contos de fadas, atualmente chega já pela releitura da indústria cinematográfica americana – perdendo assim grande parte de sua potência simbólica e arquetípica. Toda conto de fada acaba por apresentar morais “edificantes”, a fim de reafirmar velhos paradigmas. Mas essas histórias estão dando conta do mundo em que vivemos? Desse mundo em transformação? Estamos construindo um imaginário que da suporte para esse novo mundo? Pois bem, criamos uma nova história! Uma nova história que retoma princípios simbólicos e questiona os estereótipos e os rótulos.

SOBRE A COMPANHIA:

A Ana e o Cris se conhecem há muito tempo, eles nem lembram mais quanto tempo, parece que é até de outra vida. Eles queriam fazer uma peça de príncipe e princesa, mas eles mesmos não achavam que as histórias que eles conheciam tinham príncipes e princesas que pareciam com eles. Então eles resolveram contar uma história nova, que eles coubessem dentro, pra poder fazer uma peça onde eles falassem e cantassem tudo de mais legal que eles achavam no mundo. Foi assim que nasceu essa peça. A Ana escreveu o texto e o Cris compôs as músicas. Aí quando estava quase pronto, eles chamaram uma pessoa que eles achavam muito legal pra tocar bateria e fazer o papel do Rei. Foi assim que a Nina entrou na peça e nunca mais saiu. Essa é a peça que eles sempre quiseram fazer e um dia tomaram coragem e fizeram. E dessa história eles criaram uma cia de teatro, a Cia Auspiciosa!

FICHA TÉCNICA:

Direção: Ana Roxo, Cristiano Meirelles
Texto: Ana Roxo
Direção Musical: Cristiano Meirelles
Direção de Arte: Éder Lopes
Iluminação: Carol Autran e Vânio Jaconis
Elenco: Ana Roxo, Cristiano Meirelles e Nina Blauth(stand in Alexandre Maldonado)
Técnico de som: André Telles
Produção: Aymbere Produções Artísticas e Cia Auspiciosa